O descaso é maior
No público atendimento
Se não tem conhecimento
A coisa fica pior
Poderia ser melhor
E termos bom resultado
Com o descaso de lado
Distante do servidor
Todo mundo já chegou
Menos quem tenho esperado
O médico não tá presente
Já passou de sua hora
Não pretendo ir embora
Pois preciso urgentemente
Já me sinto descontente
Nesse momento aguardado
Pois eu quero o resultado
Da perícia, seu doutor
Todo mundo já chegou
Menos quem tenho esperado.
Espaço literário para publicação de artigos de opinião, crônicas, poemas e resenhas.
quinta-feira, 31 de agosto de 2017
sexta-feira, 25 de agosto de 2017
FEIRINHA DO GRUPINHO
Bom
dia a todos aqui
Que
vieram observar
Pra
poder analisar
Pois
vocês vão descobri
Eu
juro que vi ali
E
senti muita emoção
Já
fiz minha avaliação
Analisei
direitinho
Na
feirinha do grupinho
O
aluno é campeão
Há
projetos de linguagem
E
de ciências humanas
Pesquisas
são soberanas
Gráficos,
mapas e imagem
Os
alunos com coragem
Fizeram
sua lição
Expressando
opinião
Na
área da natureza
Na
feirinha com certeza
O
aluno é campeão
Noutras
amostras passadas
Fomos
campeão na crede
E
como sempre sucede
As
pesquisas avaliadas
Serão
logo analisadas
Chamando
mais atenção
Pra
feira da região
Que
acontecerá no Crato
Nessa
escola é exato
O
aluno é campeão
As
pesquisas são diversas
Acerca
de escrita e leitura
Livros
de literatura
Explicando
controversas
Vai
haver muitas conversas
Análises
da poluição
Uma
boa explicação
Energia
em movimento
Pois
com o conhecimento
O
aluno é campeão
E
nas histórias gerais
Também
na geografia
Química
e filosofia
Nas
ciências naturais
Nas
linguagens temos mais
Pesquisas
em extensão
Matemática
e adição
Um
calcula, outro mede
Para
vencer lá na crede
O aluno é campeão.
Poema apresentado na IX Mostra de Cultura, Ciência e Tecnologia da EEM de Campos Sales.
Poema apresentado na IX Mostra de Cultura, Ciência e Tecnologia da EEM de Campos Sales.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
EU NASCI NO SERTÃO
O SERTÃO EM VERSOS
Sou filho de agricultores da serra
Sou filho de agricultores da serra
Aprendi
plantar, cuidar e colher
Busquei água
no rio pra beber
Comi dos
vegetais da minha terra
Ao curral
trouxe bezerros pra ferra
Depois na
escola aprendi a leitura
Hoje meu hobby
é literatura
Tenho sempre
um bom livro ao meu lado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Plantei
mandioca, milho e feijão
Pra mãe fazer
canjica e tapioca
Um gostoso
bolo de mandioca
Pra enriquecer
nossa alimentação
Eu fiz também
colheita do algodão
Plantei cana
pra fazer rapadura
E depois da
safra está bem segura
A família
visitava o roçado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Peguei uma
espingarda pra caçar
Tirei mel, armei
as arapucas
Sofri muitas
picadas de mutucas
Quando ia pro
roçado trabalhar
Fui ao
barreiro e pude observar
Avoantes em
bandos nas alturas
Pousavam e
banhavam na frescura
Onde as águas
haviam se juntado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Eu vaquejei as
vacas pro curral
Para tirar o
leite de manhã
Encontrei nas
flores de mucunã
Uma imensa
beleza natural
Procurei
encontrar no matagal
A morada de
formiga e tanajura
Percebi que o
tatu fundo perfura
Esconde pra
não mais ser encontrado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura.
(Araripe-CE,
13/08/2017)
DOANDO AOS FAMOSOS, PEDINDO À SOCIEDADE
No último dia do sol (domingo)
enquanto assistia ao futebol pela Rede Globo (RG) de televisão, durante o
intervalo, passou um anúncio sobre o Criança Esperança (CE), projeto da Rede
Globo e Unesco para auxiliar projetos sociais.
No anúncio supracitado, a RG
pede aos telespectadores as doações de dinheiro em valores específicos (R$
7,00; 20,00 e 40,00) e indeterminados. Esses anúncios sempre são apresentados
por pessoas famosas: atores, jornalistas, apresentadores e outros.
Diante dos anúncios comecei
a refletir: A RG tem milhões de telespectadores “fiéis” e alienados que não
perdem a programação “incultural” e
copiadora dessa televisão. Com certeza, esses alienados imaginam que estão
praticando uma excelente passividade ao sentar o bumbum em um sofá para
assistir Fausto Silva, Luciano Hulk, Angélica e as estrelas, Bonner e a
lava-jato e outros apresentadores que pedirão uma doação para o CE e
prontamente serão atendidos. Afinal, devemos “auxiliar o próximo como Jesus nos
ensinou”. Porém, esses assíduos telespectadores esquecem que a RG tem milhões de
reais (R$) para doar aos famosos, através de Reality Shows (Big Brother
Brasil), Programas de Auditório (Dança e Show dos Famosos, Pop Star, The Voice Brazil)
e outros. Mas quando incentiva um projeto social como o CE, necessita do
auxílio da sociedade através de doações.
Eu sempre procuro
auxiliar àqueles que precisam, mas acho que a RG não precisa de doações para um
projeto social como o CE, afinal ela é riquíssima e sempre oferece carros
novos, dinheiro e outros prêmios aos famosos. Por que não oferece também dos
próprios cofres aos projetos sociais?
Por que pedir à sociedade algo que ela tem condições financeiras de
suprir? Por que pedir à sociedade e doar aos famosos? Eis, as questões.
VOU MORAR LÁ NO SERTÃO
O SERTÃO EM VERSOS
Hoje moro na cidade
Muitos
barulhos ouvindo
Invade-me uma
saudade
Percebo logo
sorrindo
Grandes
máquinas não param
Nossas vidas
se atrapalham
Vai embora a
emoção
Eu começo a
lamentar
E me sento pra
pensar
Vou morar lá
no sertão
Na noite de
sexta-feira
Deito, dormir
não consigo
Pois há uma
bebedeira
No endereço de
um amigo
O som do carro
ligado
Com o volume
topado
Aumenta a
poluição
Não posso nem
estudar
Mas isso vai
acabar
Vou morar lá
no sertão
Eu quero
acordar ouvindo
O canto dos
passarinhos
Para ver o sol
surgindo
Iluminando os
caminhos
Que nos levam
ao roçado
Com ferramentas
de lado
Pra cuidar da
plantação
Plantar milho
e mandioca
Para fazer
tapioca
Morando lá no
sertão
Eu quero
observar a chuva
Nossa lavoura
molhando
E pegar o
guarda-chuva
Para sair
caminhando
Sentindo a
terra molhada
E subir aquela
chapada
Pisando meus
pés no chão
Passar o dia
na roça
Depois voltar
pra palhoça
Morando lá no
sertão
Vou pegar a baladeira
Algumas pedras
juntar
Ver a vaca
lavandeira
No curral para
ordenhar
Ao passar lá
no baixio
Lá na passagem
do rio
Observando a
criação
Das cabras e
seus cabritos
Há bandos de
periquitos
Morando lá no
sertão
Lá no sítio me
criei
Ao lado dos
animais
Com frutas me
alimentei
Comi muitos
vegetais
E só vim para
cidade
Pra estudar na
faculdade
Fiz minha
graduação
Já sou
especialista
Antes de
perder a vista
Vou morar lá
no sertão
Eu desejo
ainda ver
As aves no
juazeiro
Cantando ao
amanhecer
E durante o
dia inteiro
Observar os
bem-te-vis
Os nambus, as
juritis
Campina, gola, azulão
Linda rosa da
catinga
Sanhaçus e
jacutinga
Morando lá no
sertão
Nas noites de
lua cheia
O tatu eu vou
caçar
Para fazer
minha ceia
Uma cutia
matar
Vou observar a
beleza
Da nossa mãe
natureza
E sua
população
Numa rede me
deitar
Conversar e
namorar
Morando lá no
sertão
Vou deixar
essa cidade
Aqui eu não
sou feliz
Pois minha
felicidade
É tudo que eu
sempre quis
Casarei com a
morena
Numa casinha
pequena
Vou fazer
habitação
Junto com
minha querida
Viveremos
nossa vida
Morando lá no
sertão.
(Serra
Esperança, 26/07/2017)
segunda-feira, 7 de agosto de 2017
AMORES EM MINHA VIDA, SÃO AVES DE ARRIBAÇÃO
Peço licença
ao leitor
Atenção por
gentileza
E num gesto de
nobreza
Paciência ao
pecador
Pois eu vou
falar de amor
Sentimento e
emoção
Já sinto no
coração
Uma esperança
perdida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Quando conheci
Maria
Eu logo me
apaixonei
Nos seus
lábios eu beijei
Demonstrei minha
alegria
Percebi a
simpatia
E não vi a
perdição
Foi embora pro
sertão
Minha alma
ficou ferida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Outras vezes
encontrei
Aquela linda
morena
Numa noite tão
serena
Que belo sonho
sonhei
De manhã eu me
acordei
Lembrando a
situação
E perdi minha
razão
Fui buscar a
prometida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Outra vez vi a
Maria
Numa festa de
casamento
Aproveitei o
momento
Para fazer
cortesia
Estava sem
companhia
Quando foi
para o salão
Peguei logo em
sua mão
Mas ‘tava’
comprometida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Outra jovem
que eu amei
Minha querida
Bianca
Uma garota tão
franca
Que na praça
eu encontrei
Muitas vezes a
beijei
Declarei minha
paixão
Na noite de
São João
Ela fez sua
partida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Bianca tão
linda e bela
O nosso amor
começou
O destino
separou
Levando pra
outra viela
Nunca mais
será aquela
Por quem tinha
devoção
Deixou-me sem
ter razão
Já não é a
protegida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Na época que
estudava
De muitas
garotas gostei
Entre as
tantas que beijei
A única que eu
amava
Seu sorriso me
encantava
Tirou-me da
solidão
Escrevi uma
canção
Numa folha
colorida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Amores tão
passageiros
Nessa vida já
senti
Somente num
descobri
Os aromas
verdadeiros
Nossos anjos
tão arqueiros
Flecharam sem
permissão
Trouxeram
desilusão
Partiram sem
despedida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Dos amores que
vivi
Posso agora
recordar
Muita linda
era Tainá
Isso logo
percebi
Nos seus
lábios descobri
O mel que
adoça a paixão
Foi minha
alimentação
E também minha
bebida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Tainá sorria
pra mim
Seus lindos
olhos brilhavam
Nossos lábios
se beijavam
Foi meu anjo
querubim
Mas nosso amor
teve fim
Ela entrou num
avião
Não me deu o
seu perdão
Eu perdi sua
guarida
Amores em
minha vida
São
aves de arribação
Outra jovem
namorei
Pérola, seu
lindo nome
Não lembro do
sobrenome
Porém, nunca
esquecerei
As vezes que a
encontrei
Pois segurei
sua mão
Nos seus
braços a lição
Nunca fora
interrompida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
No intervalo
escolar
Fomos à
biblioteca
Na noite da discoteca
Começamos namorar
E juntos a
conversar
Dediquei-lhe
uma canção
Sobre um amor
de verão
Feita pra
minha querida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Que dizer de
Luciana
Uma jovem que
amei
Todo amor eu
dediquei
Uma garota
bacana
Mas foi muito
leviana
Um amor de
perdição
Procurei a
salvação
Por ela tão
destruída
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Por gostar de
outro alguém
Amá-la eu não
deveria
Mas o nosso amor
crescia
Como uma luz
lá no além
Nossos
encontros também
Não tinham
interrupção
Nas noites de
escuridão
Encontrava a
pretendida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Das garotas
que gostei
Não poderia
esquecer
Laura foi meu bem
querer
Por ela me
apaixonei
E por três
anos a amei
Dediquei minha
atenção
Procurei a
solução
Pra essa
paixão ser vivida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação
Meus amores se
parecem
Andorinhas
forasteiras
Que nas terras
estrangeiras
Encontram o
que merecem
Mas de casa
não esquecem
Pois as
paixões vêm e vão
Voltam para
diversão
Na primavera
florida
Amores em
minha vida
São aves de
arribação.
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