Um matuto
nordestino
Daquele
matuto forte
Vivendo
desde menino
Que não
teme nem a morte
E vive
no alto da serra
Sentindo
o cheiro da terra
Seu habitat
natural
Está sempre
trabalhando
No roçado
labutando
Pra poder
ganhar real
Amigo dos
passarinhos
E de
todos animais
Conhece
todos caminhos
Que existem
nos matagais
E vive sempre
sorrindo
Procurando
o que é lindo
Para poder
admirar
Pega lindas
borboletas
Verdes,
laranjas ou pretas
E solta
elas pra voar
Homem de
coração livre
Amante da
natureza
Ele sempre
sobrevive
Nem que
seja na pobreza
Buscando
sempre a glória
Fazendo
sua história
Onde ele
‘tiver morando
Observando
a riqueza
Contemplando
a beleza
Encontra-se
sempre amando
Não possui
nenhum estudo
Mas sabe
muito na vida
Aprendeu
fazer de tudo
Vivendo
na sua lida
Só sabe
falar ‘errado’
Consertar
algo quebrado
Enfrentar
qualquer perigo
Procurando
sempre a luz
Encontra
só em Jesus
O seu
verdadeiro amigo
Na vida
segue feliz
Morando
no seu sertão
Tornando-se
um aprendiz
Do que
diz seu coração
Ama só
sua mulher
Outra beleza
não quer
Nem que
seja mais faceira
Gosta mesmo
é da sua
Juntinhos
olham pra lua
Sua paixão
verdadeira.
(Serra Esperança, 17/07/2010)