domingo, 24 de março de 2019

VERSOS À JANELA


Nosso amor envelheceu
Como o rio que secou
O meu peito arrebentou
Riso desapareceu
Já nem sei mais quem sou eu
Estou vivendo imprevisto
Do seu amor não desisto
Porque sou louco por ela
Cantei versos à janela
Pra lembrá-la que eu existo

Antes muito nos amamos
Um amor apaixonado
Abraço e beijo apertado
No escuro praticamos
E nos sonhos que sonhamos
Nosso amor era bem visto
Quando eu me lembro disto
A saudade me atropela
Cantei versos à janela
Pra lembrá-la que eu existo

Duas pessoas amando
Eu vivia mui feliz
Nosso amor por um triz
Estava finalizando
O telefone tocando
Parecia que era misto
Foi um momento previsto
Fiquei de cor amarela
Cantei versos à janela
Pra lembrá-la que eu existo

Alguns meses se passaram
Nosso amor se acabou
Senti uma imensa dor
Quando os beijos se cessaram
Nossos corpos se abraçaram
Quase que eu não resisto
Tristemente eu insisto
Minha vida ainda é dela
Cantei versos à janela
Pra lembrá-la que eu existo.

José Roberto
Sítio Tanquinho, 23/03/2019

sábado, 23 de março de 2019

CHEIRO NO COLCHÃO

Nessa noite de calor
Não consigo nem dormir
Na cama acho que te vi
Fiquei lembrando nosso amor
Ao pegar meu gravador
Ouvi no rádio a canção
Pulsou forte o coração
Abracei o travesseiro
Vou dormir sentindo o cheiro
Que deixaste no colchão.

COLCHÃO DA FALSIDADE


Eu amei um alguém no meu passado
Que tinha no rosto lindo sorriso
Pensei ter encontrado o paraíso
Ao passar muitas noites ao seu lado
Todo meu carinho foi dispensado
Meu peito doeu, senti saudade
Afastou do meu ser felicidade
Senti machucando forte o meu peito
Não pretendo deitar mais no seu leito
Me cansei do colchão da falsidade.

Mote: Poeta Sil Garrote
Glosa: José Roberto