quinta-feira, 31 de agosto de 2017

DESCASO

O descaso é maior
No público atendimento
Se não tem conhecimento
A coisa fica pior
Poderia ser melhor
E termos bom resultado
Com o descaso de lado
Distante do servidor
Todo mundo já chegou
Menos quem tenho esperado

O médico não tá presente
Já passou de sua hora
Não pretendo ir embora
Pois preciso urgentemente
Já me sinto descontente
Nesse momento aguardado
Pois eu quero o resultado
Da perícia, seu doutor
Todo mundo já chegou
Menos quem tenho esperado.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

FEIRINHA DO GRUPINHO


Bom dia a todos aqui
Que vieram observar
Pra poder analisar
Pois vocês vão descobri
Eu juro que vi ali
E senti muita emoção
Já fiz minha avaliação
Analisei direitinho
Na feirinha do grupinho
O aluno é campeão

Há projetos de linguagem
E de ciências humanas
Pesquisas são soberanas
Gráficos, mapas e imagem
Os alunos com coragem
Fizeram sua lição
Expressando opinião
Na área da natureza
Na feirinha com certeza
O aluno é campeão

Noutras amostras passadas
Fomos campeão na crede
E como sempre sucede
As pesquisas avaliadas
Serão logo analisadas
Chamando mais atenção
Pra feira da região
Que acontecerá no Crato
Nessa escola é exato
O aluno é campeão

As pesquisas são diversas
Acerca de escrita e leitura
Livros de literatura
Explicando controversas
Vai haver muitas conversas
Análises da poluição
Uma boa explicação
Energia em movimento
Pois com o conhecimento
O aluno é campeão

E nas histórias gerais
Também na geografia
Química e filosofia
Nas ciências naturais
Nas linguagens temos mais
Pesquisas em extensão
Matemática e adição
Um calcula, outro mede
Para vencer lá na crede
O aluno é campeão.

Poema apresentado na IX Mostra de Cultura, Ciência e Tecnologia da EEM de Campos Sales.

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

EU NASCI NO SERTÃO

O SERTÃO EM VERSOS

Sou filho de agricultores da serra
Aprendi plantar, cuidar e colher
Busquei água no rio pra beber
Comi dos vegetais da minha terra
Ao curral trouxe bezerros pra ferra
Depois na escola aprendi a leitura
Hoje meu hobby é literatura
Tenho sempre um bom livro ao meu lado
Eu nasci no sertão e fui criado
Ajudando meu pai na agricultura

Plantei mandioca, milho e feijão
Pra mãe fazer canjica e tapioca
Um gostoso bolo de mandioca
Pra enriquecer nossa alimentação
Eu fiz também colheita do algodão
Plantei cana pra fazer rapadura
E depois da safra está bem segura
A família visitava o roçado
Eu nasci no sertão e fui criado
Ajudando meu pai na agricultura

Peguei uma espingarda pra caçar
Tirei mel, armei as arapucas
Sofri muitas picadas de mutucas
Quando ia pro roçado trabalhar
Fui ao barreiro e pude observar
Avoantes em bandos nas alturas
Pousavam e banhavam na frescura
Onde as águas haviam se juntado
Eu nasci no sertão e fui criado
Ajudando meu pai na agricultura

Eu vaquejei as vacas pro curral
Para tirar o leite de manhã
Encontrei nas flores de mucunã
Uma imensa beleza natural
Procurei encontrar no matagal
A morada de formiga e tanajura
Percebi que o tatu fundo perfura
Esconde pra não mais ser encontrado
Eu nasci no sertão e fui criado
Ajudando meu pai na agricultura.

(Araripe-CE, 13/08/2017)

DOANDO AOS FAMOSOS, PEDINDO À SOCIEDADE

No último dia do sol (domingo) enquanto assistia ao futebol pela Rede Globo (RG) de televisão, durante o intervalo, passou um anúncio sobre o Criança Esperança (CE), projeto da Rede Globo e Unesco para auxiliar projetos sociais.
No anúncio supracitado, a RG pede aos telespectadores as doações de dinheiro em valores específicos (R$ 7,00; 20,00 e 40,00) e indeterminados. Esses anúncios sempre são apresentados por pessoas famosas: atores, jornalistas, apresentadores e outros.
Diante dos anúncios comecei a refletir: A RG tem milhões de telespectadores “fiéis” e alienados que não perdem a programação “incultural” e copiadora dessa televisão. Com certeza, esses alienados imaginam que estão praticando uma excelente passividade ao sentar o bumbum em um sofá para assistir Fausto Silva, Luciano Hulk, Angélica e as estrelas, Bonner e a lava-jato e outros apresentadores que pedirão uma doação para o CE e prontamente serão atendidos. Afinal, devemos “auxiliar o próximo como Jesus nos ensinou”. Porém, esses assíduos telespectadores esquecem que a RG tem milhões de reais (R$) para doar aos famosos, através de Reality Shows (Big Brother Brasil), Programas de Auditório (Dança e Show dos Famosos, Pop Star, The Voice Brazil) e outros. Mas quando incentiva um projeto social como o CE, necessita do auxílio da sociedade através de doações.
Eu sempre procuro auxiliar àqueles que precisam, mas acho que a RG não precisa de doações para um projeto social como o CE, afinal ela é riquíssima e sempre oferece carros novos, dinheiro e outros prêmios aos famosos. Por que não oferece também dos próprios cofres aos projetos sociais?  Por que pedir à sociedade algo que ela tem condições financeiras de suprir? Por que pedir à sociedade e doar aos famosos? Eis, as questões. 

VOU MORAR LÁ NO SERTÃO

O SERTÃO EM VERSOS

Hoje moro na cidade
Muitos barulhos ouvindo
Invade-me uma saudade
Percebo logo sorrindo
Grandes máquinas não param
Nossas vidas se atrapalham
Vai embora a emoção
Eu começo a lamentar
E me sento pra pensar
Vou morar lá no sertão

Na noite de sexta-feira
Deito, dormir não consigo
Pois há uma bebedeira
No endereço de um amigo
O som do carro ligado
Com o volume topado
Aumenta a poluição
Não posso nem estudar
Mas isso vai acabar
Vou morar lá no sertão

Eu quero acordar ouvindo
O canto dos passarinhos
Para ver o sol surgindo
Iluminando os caminhos
Que nos levam ao roçado
Com ferramentas de lado
Pra cuidar da plantação
Plantar milho e mandioca
Para fazer tapioca
Morando lá no sertão

Eu quero observar a chuva
Nossa lavoura molhando
E pegar o guarda-chuva
Para sair caminhando
Sentindo a terra molhada
E subir aquela chapada
Pisando meus pés no chão
Passar o dia na roça
Depois voltar pra palhoça
Morando lá no sertão

Vou pegar a baladeira
Algumas pedras juntar
Ver a vaca lavandeira
No curral para ordenhar
Ao passar lá no baixio
Lá na passagem do rio
Observando a criação
Das cabras e seus cabritos
Há bandos de periquitos
Morando lá no sertão

Lá no sítio me criei
Ao lado dos animais
Com frutas me alimentei
Comi muitos vegetais
E só vim para cidade
Pra estudar na faculdade
Fiz minha graduação
Já sou especialista
Antes de perder a vista
Vou morar lá no sertão

Eu desejo ainda ver
As aves no juazeiro
Cantando ao amanhecer
E durante o dia inteiro
Observar os bem-te-vis
Os nambus, as juritis
Campina, gola, azulão
Linda rosa da catinga
Sanhaçus e jacutinga
Morando lá no sertão

Nas noites de lua cheia
O tatu eu vou caçar
Para fazer minha ceia
Uma cutia matar
Vou observar a beleza
Da nossa mãe natureza
E sua população
Numa rede me deitar
Conversar e namorar
Morando lá no sertão

Vou deixar essa cidade
Aqui eu não sou feliz
Pois minha felicidade
É tudo que eu sempre quis
Casarei com a morena
Numa casinha pequena
Vou fazer habitação
Junto com minha querida
Viveremos nossa vida
Morando lá no sertão.

(Serra Esperança, 26/07/2017)

segunda-feira, 7 de agosto de 2017

AMORES EM MINHA VIDA, SÃO AVES DE ARRIBAÇÃO

Peço licença ao leitor
Atenção por gentileza
E num gesto de nobreza
Paciência ao pecador
Pois eu vou falar de amor
Sentimento e emoção
Já sinto no coração
Uma esperança perdida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Quando conheci Maria
Eu logo me apaixonei
Nos seus lábios eu beijei
Demonstrei minha alegria
Percebi a simpatia
E não vi a perdição
Foi embora pro sertão
Minha alma ficou ferida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Outras vezes encontrei
Aquela linda morena
Numa noite tão serena
Que belo sonho sonhei
De manhã eu me acordei
Lembrando a situação
E perdi minha razão
Fui buscar a prometida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Outra vez vi a Maria
Numa festa de casamento
Aproveitei o momento
Para fazer cortesia
Estava sem companhia
Quando foi para o salão
Peguei logo em sua mão
Mas ‘tava’ comprometida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Outra jovem que eu amei
Minha querida Bianca
Uma garota tão franca
Que na praça eu encontrei
Muitas vezes a beijei
Declarei minha paixão
Na noite de São João
Ela fez sua partida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Bianca tão linda e bela
O nosso amor começou
O destino separou
Levando pra outra viela
Nunca mais será aquela
Por quem tinha devoção
Deixou-me sem ter razão
Já não é a protegida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Na época que estudava
De muitas garotas gostei
Entre as tantas que beijei
A única que eu amava
Seu sorriso me encantava
Tirou-me da solidão
Escrevi uma canção
Numa folha colorida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Amores tão passageiros
Nessa vida já senti
Somente num descobri
Os aromas verdadeiros
Nossos anjos tão arqueiros
Flecharam sem permissão
Trouxeram desilusão
Partiram sem despedida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Dos amores que vivi
Posso agora recordar
Muita linda era Tainá
Isso logo percebi
Nos seus lábios descobri
O mel que adoça a paixão
Foi minha alimentação
E também minha bebida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Tainá sorria pra mim
Seus lindos olhos brilhavam
Nossos lábios se beijavam
Foi meu anjo querubim
Mas nosso amor teve fim
Ela entrou num avião
Não me deu o seu perdão
Eu perdi sua guarida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Outra jovem namorei
Pérola, seu lindo nome
Não lembro do sobrenome
Porém, nunca esquecerei
As vezes que a encontrei
Pois segurei sua mão
Nos seus braços a lição
Nunca fora interrompida
Amores em minha vida
São aves de arribação

No intervalo escolar
Fomos à biblioteca
Na noite da discoteca
Começamos namorar
E juntos a conversar
Dediquei-lhe uma canção
Sobre um amor de verão
Feita pra minha querida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Que dizer de Luciana
Uma jovem que amei
Todo amor eu dediquei
Uma garota bacana
Mas foi muito leviana
Um amor de perdição
Procurei a salvação
Por ela tão destruída
Amores em minha vida
São aves de arribação

Por gostar de outro alguém
Amá-la eu não deveria
Mas o nosso amor crescia
Como uma luz lá no além
Nossos encontros também
Não tinham interrupção
Nas noites de escuridão
Encontrava a pretendida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Das garotas que gostei
Não poderia esquecer
Laura foi meu bem querer
Por ela me apaixonei
E por três anos a amei
Dediquei minha atenção
Procurei a solução
Pra essa paixão ser vivida
Amores em minha vida
São aves de arribação

Meus amores se parecem
Andorinhas forasteiras
Que nas terras estrangeiras
Encontram o que merecem
Mas de casa não esquecem
Pois as paixões vêm e vão
Voltam para diversão
Na primavera florida
Amores em minha vida
São aves de arribação.