terça-feira, 14 de abril de 2020

CINCO ANOS DE SAUDADE


Peço licença ao leitor
Leia com muita atenção
Vou versejar com amor
Transbordando de emoção
Falo em Joana Morais
Que há cinco anos atrás
Partiu para eternidade
Enquanto viveu aqui
Fez muita gente sorri
Um exemplo de humildade

Aquele lindo sorriso
Ninguém consegue esquecer
São lembranças que preciso
Guardar aqui no meu ser
Feliz infância viveu
No sítio onde nasceu
Até sua mocidade
Quando jovem se tornou
Seus sonhos alimentou
E foi morar na cidade

Em Campos Sales morou
Estudou lá no Grupinho
Amigos lá encontrou
E seguiu o seu caminho
Vivia sempre contente
E ali diariamente
Na rádio apresentava
O meu Cristo não tem cor
Com leituras e louvor
Pra os ouvintes ministrava

Vivia lá no convento
Pela Itália viajou
Resguardou no pensamento
Agiu sempre com amor
Retornou para seu lar
Com nossos pais foi morar
E vivia alegremente
Quando menos se esperava
Sintomas não demonstrava
Adoeceu de repente

Era mês de novembro
Quando Joana desmaiou
Numa manhã, eu me lembro
No seu cérebro um tumor
Em dezembro a cirurgia
Acabou sua alegria
Joana ficou sem falar
Foi seguindo a jornada
Era triste sua estrada
Já não conseguia andar

Com mais duas cirurgias
Tornou-se uma cadeirante
E as suas liturgias
Foram seus fortificantes
Dez anos ela sofreu
A doença lhe venceu
Joana fez sua partida
Naquele mês de abril
Pra eternidade seguiu
Abandonou essa vida

Cinco anos ‘tá’ completando
Que já não estar presente
Estamos só relembrando
Aquele olhar sorridente
Resta-nos muita saudade
Dos dias de mocidade
Que conosco aqui viveu
O tempo vai se passando
Os momentos resguardando
Lembrança do riso seu

Nós guardamos na memória
Belos momentos passados
Escrevendo sua História
Eles ficam registrados
Para posterioridade
Exemplo de humildade
Carisma, zelo, alegria
Semeando sempre a paz
Viveu Joana Morais
Sua vida dia a dia.

Joana Morais
+14/04/2015


segunda-feira, 13 de abril de 2020

O MELHOR VAQUEIRO


Sou filho deste torrão
Onde vovô vaquejou
Nos campos ele estudou
Fazendo sua lição
Foi na sela com gibão
Onde seguiu sua lida
Procurou vaca perdida
No mourão amansou boi
Meu avô sem dúvida foi
Um vaqueiro sem medida

No mês de abril nasceu
Já passou seu centenário
Cumpriu seu itinerário
No Tanquinho onde viveu
Hoje lembro o jeito seu
Montando seu alazão
Para pegar barbatão
No mato foi pioneiro
Foi o melhor vaqueiro
Que viveu neste sertão.

Homenagem ao meu avô, Moisés Otoni de Morais.
     *13/04/1913 / + 27/01/1998
     107 anos do seu nascimento.