sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O QUE MAIS ME DÁ?

Com ela, tudo; sem ela, nada!
Para que viagens, céus, paisagens,
Que importam os sóis ao dia!
O que mais me dá
A cidade louca, o mar encaracolado,
O vale plácido, o pico congelado,
Se meu amor já não está comigo!
O que mais me dá...
Veneza, Roma, Viena, Paris:
Belas sem dúvida; porém copiadas
Em suas celestes pupilas cinzentas,
Em seus divinos olhos largos!
Veneza, Roma, Viena, Paris,
O que mais me dá
Vossa balumba feminina e vaidosa,
Se meu braço não for minha Ana,
Se meu amor já não está comigo!
O que mais me dá...
Um cantinho que em qualquer parte me empresta abrigo;
uma seção de refúgio amigo onde pensar,
um livro austero que me conforte;
uma esperança que seja norte do meu penar,
e um pacífico morrer sereno,
quanto mais cedo mais doce e bom:
que coisa melhor posso anseiar! 
 
Traduzido por José Roberto Morais
NERVO, Amado. Qué más me da? In "Antologia poética". 
Ediciones del Sur. Córdoba. Argentina. Octubre de 2003.



segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

E NÃO APRENDEMOS A DIZER ADEUS


A canção “Não aprendi dizer adeus” da dupla sertaneja Leandro e Leonardo foi um grande sucesso na década de 90 do século passado (XX). Essa música, composição de Joel Marques, foi gravada, em 1991, no disco Leandro e Leonardo.
 Em 2013, ano em que Leonardo (Emival Eterno da Costa) completou 50 anos, foi publicado o livro “Não aprendi dizer adeus” pela editora Casa da Palavra no Rio de Janeiro. Esse livro é uma superprodução biográfica, revisado segundo o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, dedicado ao seu irmão Leandro (Luís José da Costa, 1961-1998) com quem formou uma dupla sertaneja e cantou durante muitos anos de carreira, tornando-se uma das melhores duplas sertanejas, juntando-se a Chitãozinho e Xororó, Zezé de Camargo e Luciano, João Paulo e Daniel, Cristian e Ralph, que foram seus contemporâneos.
O livro supracitado apresenta, após a dedicação ao Leandro, os agradecimentos aos seus pais, Sr. Avelino e D. Carmen; ao saudoso irmão Leandro; ao tio Zé (in memoriam); a esposa Poliana Rocha; aos filhos; a neta Maria Sophia; aos profissionais envolvidos no projeto e ao escritório Talismã Music. Nos capítulos, há um relato sobre as dificuldades enfrentadas na infância rural; o início da carreira musical; o auge do sucesso; a angústia marcada pela morte de Leandro, ocasionando o fim da dupla, em 1998. Além desses fatos, relata também o acidente do seu filho Pedro Leonardo e o processo para recuperação do mesmo.
Os capítulos são intitulados na seguinte sequência: o sono não chegou; talvez você se lembre; é por você que canto; rumo a Goiânia; maravilhas do mundo; a vida tem dessas coisas; resto de vida; desculpe, mas eu vou chorar; você ainda vai voltar; para nunca dizer adeus e o posfácio “Uma história sem fim” de Silvio Essinger. 
O uso de uma linguagem informal predomina durante todo o texto, acompanhada de um registro de imagens dos momentos mais marcantes dessa história. Essas imagens registram desde os momentos da infância rural, as participações em programas de televisão, momentos em família, funeral de Leandro aos momentos com Pedro já recuperado após acidente. 
Além disso, ao longo do texto são apresentados trechos daquelas músicas que se tornaram os maiores sucessos da dupla sertaneja formada pelos irmãos Luís e Emival ou simplesmente Leandro e Leonardo. Esse livro é uma leitura interessante para aqueles que gostam da música sertaneja e não aprenderam dizer adeus.

TRISTE DESPEDIDA


A Leôncio Salviano

Há um ano nos deixou
Sentimos saudades sua
O tempo já se passou
A lembrança continua
Não existe explicação
Nem sequer uma razão
Um motivo pra partida
Foi amigo simplesmente
Lamentamos tristemente
Essa triste despedida.

domingo, 23 de dezembro de 2018

ESCOLHIDOS


A professora Valdirene
Demonstra sua coragem
Pra turma do 3º C
Transmite essa mensagem
Alguns alunos citando
Momentos está lembrando
Presta sua homenagem

Flávia conversando muito
Já não é nem novidade
Mas é uma pessoa simples
Que demonstra humildade
Sempre muito sorridente
O seu sorriso atraente
Constrói muitas amizades

Já Emerson Rodrigues
Da mesma equipe também
Interage com colegas
Conversando com alguém
Ortografia bem feita
Não precisa ser refeita
Escrevendo muito bem

Bianca formando o trio
A Flávia também juntou-se
Com Emerson estudando
As vezes já misturou-se
Os trabalhos em equipe
Exige-se que participe
Juntando, realizou-se

João Vítor também lembra
Os três anos nessa escola
Brincadeiras no “fundão”
Até os jogos de bola
Buscando discernimento
Adquiriu conhecimento
Disso ele se gabola

Para encerrar esses versos
Não poderia esquecer
Uma garota calada
Sempre buscou aprender
Que sentada lá na frente
Meiga, simples, sorridente
Antônia Cleide, é você

Não compreendo os motivos
Mas cumpro minha missão
Esses são os escolhidos
Na turma do terceirão
Que já marcou a história
Reativando a memória
Transmitindo a emoção.


SEMANA DAS PROFISSÕES


Boa noite pessoal
Que vieram prestigiar
Esse evento especial
Que vamos iniciar
Cumprindo nossas lições
Semana das profissões
Desenvolve aprendizagem
Pois muitos já estudaram
Discutiram, concordaram
Ao fazerem abordagem

Temos pesquisas diversas
Em áreas tão diferentes
Mostrando até controversas
Assuntos independentes
Na aprendizagem focando
Os trabalhos divulgando
Nos cursos profissionais
As temáticas trabalhadas
Devem ser avaliadas
Conforme seus ideais

Os trabalhos explorando
As pesquisas realizadas
Os alunos apresentando
As lições orientadas
Um momento diferente
Desenvolve no discente
O poder dos argumentos
Ele tornando-se ativo
Demonstra ser criativo
Adquire conhecimentos

As apresentações vão
Realizar-se amanhã
E nas salas estarão
Pela tarde, de manhã
Os grupos apresentando
Pra quem ‘tiver visitando
Expondo o aprendizado
Enriquecendo a memória
Registrando na história
Esse momento aguardado.

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

ADORMECIDA


Depois que a noite chegou
O sono faz companhia
Adormecendo o amor
O semblante contagia
Um riso nos lábios pousa
O teu corpo já repousa
Os sonhos logo aparecem
Quando estás adormecida
Percebo minha querida
Que teus olhos adormecem

Sei que o sono já chegou
E ficaste adormecida
Dorme bem minha querida
Pois o dia já passou
Teus olhos estão fechados
Teus lábios estão calados
Nem sequer dá um sussurro
Um novo dia esperando
Nos sonhos que estais sonhando
Tu tens um porto seguro.

domingo, 9 de dezembro de 2018

O AMOR

O amor nasce sozinho
Nem semear é preciso
Em um gesto de carinho
Num abraço, num sorriso.