terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O NATAL HOJE

Por Dideus Sales


Adentramos o mês do consumismo

De presentes... das luzes do Natal...

Do festejo maior do cristianismo

E, sem dúvida, o mais comercial.

 

Esgarçou-se o tecido fraternal.

Comemorações feitas a granel...

Ao invés do Salvador Universal

Faz-se honra ao bom Papai Noel.

 

Navegando num mar de utopia,

Perdida a humanidade se extasia

E não percebe que a nau se desgoverna

 

Sequer lembra o Aniversariante,

E se esquece em sua vida errante,

Que somente Jesus dá vida eterna.

 

SALES, Dideus. “O Natal hoje”. In Gente de Ação. ISBN 2236-0727. SD. (p.42)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

NATALÍCIO DO SOL


O período natalino

Dito ser especial

Pois festejam Deus menino

Mas usando o capital

E por ser tão diferente

É melhor está presente

Invés de presentear

Invertendo até papel

Festejam papai noel

Ausente neste lugar


E mesmo sem festejar

Eu aceito as energias

Positivas pra entregar

Renovando as alegrias

Para transmitir o amor

Para regar essa flor

Que alimenta o humano

Não comemoro o natal

Mas que seja especial

Para quem segue esse plano


Visto o natal ser nascido

Na religião pagã

E muito tem se expandido

No ontem, hoje e amanhã

Não entro nesse arrebol

Homenagear deus sol

Ou mesmo papai noel

Evito celebração

Enquanto jovem cristão

Eu não cumpro esse papel


Portanto, caro leitor

Celebre com alegria

Transmitindo seu amor

Não só hoje, todo dia

Buscando está presente

Na vida de sua gente

Com amigos, fraternal 

Seguindo sempre uma luz

Sigo os ensinos de Jesus

Não celebrando o natal.


José Roberto

Sítio Tanquinho, 24/dezembro/2020

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

RACHEL DE QUEIROZ - A PIONEIRA CEARENSE NA ABL

 

Rachel de Queiroz nasceu

No estado do Ceará

Três anos ela viveu

Na cidade Quixadá

Mudou-se pra capital

E publicou no jornal

Ironizando um concurso

Tornou-se uma escritora

Uma ótima professora

Foi seguindo o seu curso

 

Com “O Quinze” se tornou

Escritora romancista

Várias obras publicou

Foi uma grande cronista

Observava o dia a dia

Com o toque de magia

Expondo sua emoção

E teve obra adaptada

Para ser representada

Até na televisão

 

Deixou uma obra imensa

Nesse mundo literário

Escreveu de forma intensa

Seguiu seu itinerário

Sobre a seca no sertão

Homenagem a Lampião

Escreveu conto infantil

Contando causos e fatos

Nos seus livros fez retratos

Do interior do Brasil.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

SUNSET - PÔR DO SOL

Olha que coisa legal

Veja o belo pôr do sol

A grandeza natural

Parece um lindo lençol

Laranja é sua cor

Importante o seu calor

Traz-me bastante alegria

Enxergando o infinito

Um céu tão claro e bonito

Completo de poesia

 

Aqui no sítio querido

O pôr do sol está lindo

Parece um arco escondido

Ou uma criança sorrindo

Oh! Quanta beleza existe

Tornando feliz o triste

O matuto sertanejo

Que aqui no meu sítio vive

Vivendo sozinho e livre

Vendo beleza onde vejo.

 

Poema escrito em 16/08/2010, observando o pôr do sol.


segunda-feira, 7 de setembro de 2020

PÁTRIA AMADA BRASIL

 Independência ou Morte?

Gritou o Imperador

E quem nos libertou?

Foi o bravo braço forte

Esse foi o passaporte?

Pra sermos uma nação

Fim da colonização?

Início de um Reinado

Iss'é quadrão perguntado 

Iss'é responder quadrão


Nós temos poder servil?

Erguemos nossa bandeira

Nossa nação verdadeira?

A Pátria Amada Brasil

E em 22 de abril?

Temos comemoração

Qual é a celebração?

Mais um ano é completado 

Iss'é quadrão perguntado 

Iss'é responder quadrão.


José Roberto Morais

Sítio Tanquinho, Araripe - CE

07 de setembro de 2020.

sábado, 8 de agosto de 2020

O REI DO BAIÃO

 Luiz Gonzaga Nascimento

Lá em Exu foi nascido

Apaixonou-se tão jovem

Por ser amado e querido

Mas teve que ir embora

Partiu pelo mundo afora

Com o coração sofrido

 

Tornou-se um grande ícone

Da cultura popular

Cantando xote e baião

Fez a história mudar

Cantou o nosso sertão

O nosso Rei do Baião

Um sanfoneiro exemplar

 

Juazeiro, Assum Preto

Asa Branca e Sabiá

E na Sala de Reboco

Fez muita gente dançar

Sem nenhum acanhamento

Apologia ao Jumento

Sempre gostou de cantar

 

Ao ouvir Triste Partida

E ABC do Sertão

Dezessete e Setecentos

E as Lendas de São João

Eis que fazemos viagem

Nessa simples homenagem

Ao nosso Rei do Baião.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

DUAS CASAS MAL ASSOMBRADAS

Eu vi na literatura

Ao ler um conto fantástico

Nessa ótima leitura

Eu quase fiquei estático

Falava sobre um evento

Estranho acontecimento

Numa floresta copada

Um tesouro ali perdido

Pelo monstro protegido

Em casa mal assombrada

 

Numa casa velha entrei

Morcegos logo voaram

Na parede se esbarraram

Com medo logo fiquei

Em fugir também pensei

Vi um rato em disparada

A corredeira danada

Queria seu alimento

Entraram de quarto a dentro

Na casa mal assombrada.

 

Glosa: José Roberto Morais

Mote: Marcos Silva

 


quinta-feira, 23 de julho de 2020

POETIZAR É PRECISO

A arte poética é
Repleta das emoções
Demonstramos nossa fé
Citamos opiniões
Uma fonte de leitura
É um berço da cultura
Um arquivo na memória
Um palco de equilibristas
Que nas letras são artistas
Para registrar História

Odes, sonetos, epopeias
Os hinos, as elegias
Transmitindo as ideias
Músicas tem poesias
As éclogas e as imagens
Nos favorecem viagens
Ao reino dos menestréis
Enriquecendo a cultura
Temos a literatura
Também expressa em cordéis

Leve para sua sala
Os livros da sua estante
Poesia em sua aula
Envolvendo os estudantes
Convide para pensar
Entreter ou viajar
Nesse mundo imaginário
Permitindo a criação
Transmita esta lição
No projeto literário

E mostre aos estudantes
Seu amor pela leitura
Transfira esse instante
Busque na literatura
Espalhando seu sorriso
Poetizar é preciso
Docência com poesia
Faça a leitura do mundo
Envolva, seja profundo
Demonstre sempre empatia.

JR Morais

Poema apresentado no Encontro Pedagógico (virtual) de linguagens da SME de Campos Sales em 06 de julho de 2020.

terça-feira, 16 de junho de 2020

ARTISTAS DO ENSINAR

Em tempos de pandemia
Se renova o professor
Ministrando com alegria
Passa a ser orientador
Mas ficando conectado
O dia inteiro ligado
Repassa sua lição
Na arte sempre renova
Elabora sua prova
Corrige avaliação

Sempre buscando atingir
Atender aos estudantes
Procurando distinguir
Conteúdos relevantes
Busca metodologias
Renovando as energias
Pra poder incentivar
Convida para viagem
No ensino e aprendizagem
É Artista do ensinar

Navega na internet
Procurando vídeo aulas
E coloca no disquete
Depois leva para sala
Durantes suas lições
Recebe as informações
Transforma em conhecimento
Orienta uma leitura
Obra de literatura
Pra fazer embasamento

Nós somos grandes guerreiros
Em favor da educação
Na didática, pioneiros
Pois cumprimos a lição
A profissão exemplar
Para poder educar
Respeitamos discordância
Pra haver entendimento
Em prol do desenvolvimento
Agimos com tolerância.

José Roberto

terça-feira, 14 de abril de 2020

CINCO ANOS DE SAUDADE


Peço licença ao leitor
Leia com muita atenção
Vou versejar com amor
Transbordando de emoção
Falo em Joana Morais
Que há cinco anos atrás
Partiu para eternidade
Enquanto viveu aqui
Fez muita gente sorri
Um exemplo de humildade

Aquele lindo sorriso
Ninguém consegue esquecer
São lembranças que preciso
Guardar aqui no meu ser
Feliz infância viveu
No sítio onde nasceu
Até sua mocidade
Quando jovem se tornou
Seus sonhos alimentou
E foi morar na cidade

Em Campos Sales morou
Estudou lá no Grupinho
Amigos lá encontrou
E seguiu o seu caminho
Vivia sempre contente
E ali diariamente
Na rádio apresentava
O meu Cristo não tem cor
Com leituras e louvor
Pra os ouvintes ministrava

Vivia lá no convento
Pela Itália viajou
Resguardou no pensamento
Agiu sempre com amor
Retornou para seu lar
Com nossos pais foi morar
E vivia alegremente
Quando menos se esperava
Sintomas não demonstrava
Adoeceu de repente

Era mês de novembro
Quando Joana desmaiou
Numa manhã, eu me lembro
No seu cérebro um tumor
Em dezembro a cirurgia
Acabou sua alegria
Joana ficou sem falar
Foi seguindo a jornada
Era triste sua estrada
Já não conseguia andar

Com mais duas cirurgias
Tornou-se uma cadeirante
E as suas liturgias
Foram seus fortificantes
Dez anos ela sofreu
A doença lhe venceu
Joana fez sua partida
Naquele mês de abril
Pra eternidade seguiu
Abandonou essa vida

Cinco anos ‘tá’ completando
Que já não estar presente
Estamos só relembrando
Aquele olhar sorridente
Resta-nos muita saudade
Dos dias de mocidade
Que conosco aqui viveu
O tempo vai se passando
Os momentos resguardando
Lembrança do riso seu

Nós guardamos na memória
Belos momentos passados
Escrevendo sua História
Eles ficam registrados
Para posterioridade
Exemplo de humildade
Carisma, zelo, alegria
Semeando sempre a paz
Viveu Joana Morais
Sua vida dia a dia.

Joana Morais
+14/04/2015


segunda-feira, 13 de abril de 2020

O MELHOR VAQUEIRO


Sou filho deste torrão
Onde vovô vaquejou
Nos campos ele estudou
Fazendo sua lição
Foi na sela com gibão
Onde seguiu sua lida
Procurou vaca perdida
No mourão amansou boi
Meu avô sem dúvida foi
Um vaqueiro sem medida

No mês de abril nasceu
Já passou seu centenário
Cumpriu seu itinerário
No Tanquinho onde viveu
Hoje lembro o jeito seu
Montando seu alazão
Para pegar barbatão
No mato foi pioneiro
Foi o melhor vaqueiro
Que viveu neste sertão.

Homenagem ao meu avô, Moisés Otoni de Morais.
     *13/04/1913 / + 27/01/1998
     107 anos do seu nascimento.

terça-feira, 24 de março de 2020

DITADOR INVISÍVEL


Trancado, sem relações interpessoais
Apenas relação virtual é possível
Governado por um ditador invisível
Expandindo seus domínios cada vez mais

Impera e controla nos tempos atuais
Para unir e separar, é imprevisível
Distancia amigos; amantes, impossível
Enlaçar as mãos, abraçar; beijar, jamais

Nas relações interfere constantemente
Encontros de pessoas impossibilita
E torna inconstante os dados da economia

Tem dificultado a visita de parente
Que em outras cidades ou estados habita;
Pois, no reino do Corona não há empatia.


Sítio Tanquinho, Araripe - CE, 24/03/2020. 

CHUVA NO CARIRI

O SERTÃO EM VERSOS


A chuva ao amanhecer alvejou
O sertão, onde adotei ser meu lar
Não pude ir à roça trabalhar
Nem colher o feijão que já brotou

Sentado fiquei, da porta a observar
A água que descendo se ajuntou
No baixio, o açude se formou
Onde os sapos estão a coaxar

No juazeiro, pássaros pousando
Percebo o campina, o bem-te-vi
Cantando, escuto nambu e juriti

Nas roças, o feijão já enramando
Está o verde milharal brotando
As nuvens derramam no Cariri.

Sítio Tanquinho, Araripe - CE, manhã de 24/03/2020.

segunda-feira, 23 de março de 2020

O ENCONTRO DOS AMANTES NO MEIO DO CAMINHO


José Roberto Morais¹

Considerações iniciais
O termo parnasianismo se originou da tradução de Parnasse (Parnaso), morada mitológica dos poetas. No final da década de 1870 e anos 80 do século XIX prevalece a rejeição ao sentimentalismo romântico e a busca pela criação de uma poesia que se orientasse pelo ideal da “arte pela arte”.  Essa ideia de que a arte constitui um exercício intelectual destinado ao prazer da contemplação foi proposto pela revista Le Parnasse Contemporain e pelos representantes franceses dessa tendência: Théophile Gautier, Leconte de Lisle e Charles Baudelaire. No Brasil, o movimento recebeu boas-vindas nas escolas de Direito e amplamente valorizado pela elite nacional, influenciando a produção poética até 1922. A tríade parnasiana brasileira que tronou-se famosa no seio literário é composta por Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia. 

O Príncipe do Poetas Brasileiros
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac nasceu em 16 de Dezembro de 1865 no Rio de Janeiro, Brasil. Foi um jornalista e poeta brasileiro, membro fundador da Academia Brasileira de Letras, autor do Hino à Bandeira Nacional Brasileira. Homenageado com o título de Príncipe do poetas brasileiros, pela revista Fon-Fon através de concurso. É considerado um dos mais importantes e populares poetas brasileiros. Morreu em 28 de Dezembro de 1918 na sua cidade natalícia.  

O Encontro dos Amantes no Meio do Caminho
NEL MEZZO DEL CAMIN...
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo
.

Ao realizar a leitura do poema, pode-se fazer algumas observações: iniciando pelo título, percebe-se que está em língua latina, considerada uma língua culta, clássica. Além disso, trata-se de um trecho de verso da Divina comédia do escritor italiano Dante Alighieri. Ao observar a estrutura, nota-se uma preocupação da arte pela arte, demostrada pela preferência pelo soneto: poema clássico formado por dois quartetos (estrofe de quatro versos) e dois tercetos (estrofe de três versos). Ao analisar as rimas apresentadas, percebe-se que a maioria são rimas ricas, isto é, palavras de classes gramaticais diferentes, como estrada (substantivo) e deslumbrada (adjetivo); minha, (pronome possessivo) e continha (verbo); tremo (verbo) e extremo (adjetivo).
Outras características parnasianas estão relacionadas ao tema abordado de forma impessoal, pois para os poetas parnasianos é indispensável que os sentimentos fossem comunicados por meio da forma pura e de expressões comedidas, compreendendo que a beleza reside no equilíbrio e na serenidade. Já que a poesia parnasiana pretende ser impassível e manifesta a atração por tempos (longos anos) e lugares remotos (estrada da vida); restaura uma cultura clássica, erudita, que proporciona enlevo, deslumbramento ao leitor (título em latim: nel mezzo del camin...); comedimento emocional e construção de formas puras com simplicidade da beleza advinda de um esforço de mestres da versificação (versos decassílabos); palavras bem escolhidas e arquitetadamente organizadas comunicam com maior eficácia os sentimentos (preferência pelo ordem inversa).
Algumas figuras de linguagem enriquecem a mensagem transmitida nos versos. Na primeira estrofe, percebe-se a repetição simétrica comunica a ideia do encontro dos amantes, que viviam emoções idênticas. Ressalta-se que o encontro foi perfeito e oportuno, pois trouxe os amantes estavam tristes e cansados, mas tinham sonhos na alma.
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...


            A segunda estrofe apresenta a união do casal. Para que vivam esse amor iluminado por muitos anos juntos, revelando a felicidade amorosa vivida pelos amantes.

E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.

Na estrofe seguinte, os amantes são separados definitivamente devido à morte da mulher, sugerida pela ausência de emoção no momento da partida.

Hoje segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.

Na última estrofe, “E eu, solitário, volto a face, e tremo, / Vendo o teu vulto que desaparece / Na extrema curva do caminho extremo.”, mostra-se um amante resignado, triste e solitário, como alguém que treme e compreende a morte, implícita pela expressão “extrema curva do caminho extremo”, que metaforicamente faz referência ao fim da vida.

Nota 1: Professor e escritor; Graduado em Letras pela URCA; Especialista em Metodologia do Ensino de Inglês e Português pela UCAM, e Docência do Ensino Superior pela FAIARA.

Referências

BILAC, Olavo. In Obra reunida (org. Alexei Bueno). Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p.155.

MOISÉS, Maussad. História da Literatura Brasileira: realismo e simbolismo. Vol II. 5ª edição. São Paulo: Editora Cultrix, 2001. 

TORRALVO, Izetti Fragata. Linguagem em movimento: literatura, gramática, redação: ensino médio, vol 2 / Izetti Fragata Torralvo, Carlos Cortez Minchillo. – São Paulo: FTD, 2008.
  

domingo, 8 de março de 2020

DEUS NÃO ESCOLHE OS CAPACITADOS, ELE CAPACITA OS ESCOLHIDOS


Essa frase soa levemente nos nossos ouvidos e apresenta-nos uma revelação através das palavras.
Quando iniciamos a leitura dos textos bíblicos, podemos compreender melhor o significado dessa mensagem. Pois, as escolhas de Deus surpreendem imensamente aqueles que não o compreendem. Logo nos primeiros livros bíblicos, escritos pelo profeta Moisés, Deus escolhe um pastor de ovelhas, Abraão, para ser o patriarca de uma igreja que dura por gerações. Pois, a partir de Abraão, a igreja de Deus se torna conhecida e Seu nome é repassado de geração para geração. Abraão, Isaac, Jacó, José...
José era o filho predileto de Jacó, por isso seus irmãos sentiam inveja dele. Venderam-no como escravo aos mercadores egípcios, que o venderam a Potifár como escravo. Então Deus começou capacitá-lo e o transformou de escravo a governador do Egito numa época de grande seca e miséria.
Depois de muitos anos, os Hebreus, descendentes de José se tornaram escravos do Faraó, rei Egípcio que desconhecia a contribuição de José em anos anteriores. Portanto, Deus escolheu outro pastor de ovelhas para capacitá-lo a tirar o seu povo do Egito. Desta vez o escolhido foi Moisés.
Moisés estava no campo cuidando das ovelhas quando Deus falou-lhe dos Seus planos para o Seu povo, além disso, mencionou que Moisés havia sido o escolhido como instrumento do Senhor para libertar os Hebreus da escravidão no Egito. Moisés se disse incapacitado para realizar a missão confiada, mas Deus estava com ele. Como porta voz de um povo, Moisés foi criado no reino egípcio, mas nunca esqueceu suas origens. Então Deus o utilizou como instrumento de Sua fé e o capacitou para a missão que consolidou-se com a travessia do Mar Vermelho e do deserto.  
Outro pastor escolhido e capacitado por Deus foi o grande Rei Davi. Davi era o filho caçula de Jessé e foi escolhido por Deus para liderar a guerra contra os Filisteus. Os israelitas venceram após Davi matar o gigante Golias utilizando uma funda como arma de guerra.
A capacitação dos escolhidos continuou. Pois Deus escolheu um casal simples de Nazaré para serem os pais adotivos de Seu filho, Jesus Cristo, o Rei. José era um simples carpinteiro e noivo de Maria, uma virgem agraciada. Deus os escolheu e capacitou-lhes a receberem o Filho Dele em seu lar e educá-lo.
Jesus cresceu e iniciou o seu ministério na terra. Ele apresentou as boas novas do Reino de Deus na terra. Ensinou as pessoas a orarem, amarem e perdoarem umas as outras. Para ajudá-Lo na realização do Seu ministério ele escolheu seus discípulos. Ambos, homens simples, tais como cobradores de impostos e pescadores. Capacitou e transformou-lhes em pescadores de homens em todas as nações.
Diante das evidências explícitas nas escolhas e capacitações feitas por Deus, transformar homens simples em Patriarca, governador, rei, seio familiar do Seu filho, os discípulos do Seu filho, podemos concluir que realmente Deus não escolhe os capacitados, Ele capacita os escolhidos.