quarta-feira, 9 de abril de 2025

DALTON TREVISAN: UM ESCRITOR PREMIADO

LITERATURA BRASILEIRA 


Dalton Trevisan nasceu

Em Curitiba, capital

Muitos contos, escreveu

Destaque nacional.

Faculdade frequentou

Em Direito se formou

Exerceu advocacia;

Trabalhou por sete anos

Na vida fez novos planos

Pra seguir com maestria.

 

Na carreira literária

Com novela fez estreia

Uma escrita necessária

Pra divulgar sua ideia.

Fez “sonata ao luar”

Um grupo foi liderar

Com a revista Joaquim;

E “sete anos de pastor”

Renegada pelo autor

Pois considerou ruim.

 

Um porta voz de escritores

A revista se tornou

Divulgou aos seus leitores

Muitos textos, publicou.

Carlos Drummond de Andrade,

Cândido e Mário de Andrade

Bons ensaios publicaram;

Entre essas publicações

Kafka e Sartre, traduções

Grandes nomes ilustraram.

 

Pela Europa viajou

Produziu sem publicar

Seis meses por lá passou

Depois pode retornar.

Na ficção aumentou pontos

Começou escrever contos

E crônicas publicando;

Lavrou textos a granel

Espalhou como cordel

Em folhetos divulgando.

 

E ganhou repercussão

Vendendo muitos milhares

Com sua publicação

“Novelas nada exemplares”.

Prêmio Jabuti venceu

Recluso, não recebeu

Enviou representante;

Registrou situações

Dos costumes, tradições

E fatos angustiantes.

 

“Cemitério dos elefantes”

Também “desastres de amor”

Teve “cantinhos galantes”

E “macho não ganha flor”.

“Violetas e pavões”,

Ganhou o Prêmio Camões

Pela sua obra completa;

Escreveu “noites de amor”

“O grande deflorador”

Com narrativa seleta.

 

Houve “crimes de paixão”

Trouxe “a guerra conjugal”

“A faca no coração”

Com concreção temporal.

Sobre um “anjo vingador”

Um “maníaco” explorador

Sempre escreveu como quis;

Um escritor renomado

Na cultura premiado

Prêmio Machado de Assis.


MORAIS, José Roberto. Dalton Trevisan: um escritor premiado. In Revista Sarau. vol 5. nº2. Edição Especial. Abril de 2025. (p.32) ISSN 2965.6192


BELCHIOR: UM ARTISTA LATINO AMERICANO

CULTURA BRASILEIRA 


Nasce o artista cultural

Na cidade sobralense

Um destaque musical

Deste solo cearense.

Cantor e compositor

Escreveu sobre o amor

O direito e a solidão;

Política também foi tema

O preconceito um problema

Enfrentado na nação.

 

Belchior contribuiu

Pra música brasileira

Seu berço muito influiu

Ao seguir sua carreira.

No coral a mãe cantava

No rádio sempre escutava

Lindas vozes e canções;

Nos festivais destacados

Dos artistas renomados

Ouvia interpretações.

 

Na escola em que estudou

Piano aprendeu tocar

Nas feiras se apresentou

Sua voz pode entoar.

Desperta curiosidade

Viveu na comunidade

De frade em Guaramiranga;

Mudou-se pra capital

Pra ser profissional

Com violão na capanga.

 

Começou a medicina

Porém, logo abandonou

A música nordestina

Muita grata lhe ficou.

Uniu-se a outros cantores

Poetas, compositores

Fagner, Ednardo, Amelinha;

Jorge Mello, Rodger Rogério

E Teti nem fez mistério

Nesse grupo que ele tinha.

 

Na sua discografia

“A palo seco” gravou

Sua música contagia

Cada disco que lançou.

Sentiu “alucinação”

Teve “medo de avião”

Viveu “como nossos pais”;

Magno “sujeito de sorte”

Sentiu-se são, salvo e forte

Viu “galos, noites e quintais”.

 

“Divina comédia humana”

Viveu “tudo outra vez”

E viu o verde da cana

Na “fotografia” que fez.

“Rapaz latino americano”

Vestiu-se e seguiu seu plano

“Velha roupa colorida”;

“Todo sujo de batom”

Fez “comentários a John”

Sobre o “mistério da vida”.


MORAIS, José Roberto. Belchior: um artista latino americano. In Revista Sarau. vol 5. nº 2. Edição Especial. abril de 2025. (p.12) ISSN 2965.6192