sexta-feira, 2 de maio de 2025

“O CHEFE DA LITERATURA NACIONAL”: JOSÉ DE ALENCAR

 LITERATURA BRASILEIRA


Nasceu José de Alencar

Advogado e jornalista

Nas terras do Ceará

Gera um bardo romancista.

Foi político brasileiro

Para o Rio de Janeiro

Mudou-se com os seus pais;

Com nove anos de idade

Morando nessa cidade

Viu encontros casuais.

 

Filho de um senador

Na época imperial

Decidiu ser escritor

Publicando no jornal.

Entregou-se à leitura

Produziu literatura

Destaque na geração;

Os eventos sociais

Suas peças teatrais

Divulgando na seção.

 

No Correio Mercantil

Segue seu itinerário

Sobre os fatos do Brasil

Fazia seu comentário.

Depois como redator

Noutro jornal de valor

Em folhetim publicando;

Um escritor tão astuto

Produziu “cinco minutos”

Ao público, divulgando.

 

“O guarani” foi sucesso

Uma história consagrada

Continuou seu progresso

Em cada obra publicada.

Romances indianistas

Também regionalistas

E urbanos, escreveu;

Fez a crítica social

“Cartas de Erasmo”, um tal

Debate em que se envolveu.

 

Obra prima “Iracema”

Traz o colonizador

Miscigenação como tema

Aliados ao amor.

Há um líder tabajara

Um guerreiro potiguara

Nações que vivem em guerras;

Irapuã e Caubi

Guerreando com Poti

Nos vales, sertões ou serras.

 

“Lucíola” e “senhora”

Os saraus representados

Entre amores de outrora

Arnaldo e Flor são lembrados.

Se há “reencarnação”

Por ser mais forte a paixão

O amor vencendo fronteiras;

Seja Jorge e Carolina

Cada história nos fascina

De diferentes maneiras.


MORAIS, José Roberto. "O Chefe da Literatura Nacional": José de Alencar. In Revista Sarau. Vol 05. Nº 14. maio/junho 2025. (p.17) ISSN 2965.6192


MAGNO BOCA DO INFERNO: GREGÓRIO DE MATOS

 LITERATURA BRASILEIRA


Nasceu Gregório de Matos

Na cidade capital

Viveu conforme relatos

Na época colonial.

Foi lírico trovador

Um juiz e curador

De órfãos em Portugal;

Regressou ao Brasil

Destacou-se em seu perfil

De satírico social.

 

Figura muito importante

Exerceu magistratura

De poética relevante

Um ás da literatura.

Fez um trágico retrato

Da Bahia, em destrato

Em versos manifestou;

Não poupou autoridade

Naquela sociedade

Sua língua afiou.

 

Seus terríveis inimigos

Logo se manifestaram

Partiu, ser tem amigos

Para Angola o deportaram.

Mas tornou-se conselheiro

Do governo brasileiro

Obteve autorização;

Ao seu país regressou

Em Recife se arraigou

Longe de perseguição.

 

Na época que morou

Em Salvador, capital

Que muitos satirizou

Com deboche social.

Recebeu um apelido

Que ficou reconhecido

Pra literatura eterno;

Um boêmio trovador

De versos, inspirador

Magno “Boca do Inferno”.

 

Gregório não publicou

Enquanto aqui viveu

Mas sua obra circulou

Entre nós permaneceu.

Seja lírica amorosa

Poesia religiosa

Ou sátira social;

Do barroco brasileiro

Representante arqueiro

Pra crítica nacional.


MORAIS, José Roberto. Magno Boca do Inferno: Gregório de Matos. In Revista Sarau. Vol 5. Nº 14. maio/junho 2025. (p.17) ISSN 2965.6192