O SERTÃO EM VERSOS
Há muito que não chovia
Açudes
secos já tavam
Nem os
pássaros cantavam
Era
grande a agonia
O
sertanejo sofria
Buscava
sobreviver
E
procurava manter
A sua
alimentação
Basta
chover no sertão
Pra
jurema enverdecer
Começava
preparar
A terra
para o plantio
Não
havia água no rio
Para as
plantas aguar
Quando
viu relampejar
E
começar a chover
O mato
veio nascer
Junto
com a plantação
Basta
chover no sertão
Pra
jurema enverdecer
Água
corre no telhado
Enche a
casa de biqueira
Em cima
da laranjeira
O sabiá tá pousado
E muito
tem alegrado
Nosso
tristonho viver
Estávamos
a sofrer
Imensa
lamentação
Basta
chover no sertão
Pra
jurema enverdecer
Os passarinhos
cantando
No topo
do juazeiro
Voando
‘pro’ cajueiro
A chuvada
anunciando
Os
cavalos festejando
Tão
velozes a correr
O vento
vem pra varrer
Os
sapos cantam refrão
Basta
chover no sertão
Pra
jurema enverdecer.
(Sítio
Tanquinho, 23/01/2018)
Eis o registro da chegada das chuvas no sertão que trazem a alegria e desperta a disposição dos filhos da terra seca: os sertanejos.
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