terça-feira, 9 de julho de 2019

UM POETA E CRONISTA SALITRENSE

                                                                                              LITERATURA DO OESTE CARIRIENSE

O professor, pedagogo, poeta e cronista salitrense, Manoel Neto, nasceu e vive em Salitre, Ceará.  Graduado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Concluiu o curso de graduação com o texto “Dialética da formação escolar: memória e reflexão”, em 2013. Atualmente, trabalha na Secretaria Municipal de Educação. Além de ser tutor de cursos EaD em Campos Sales - CE e professor na Escola José Waldemar de Alcâncara e Silva.
Desde 2010, dedica-se a escrever contos e poemas para a Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE). Tem dois livros publicado: em 2012, publicou “Rota do mundo e outros poemas” pela CBJE; já em 2015, Manoel Neto, enquanto pesquisador registrou não mais seus sentimentos, mas a história de sua cidade em “Cuia Grande: a história de Salitre” pela editora virtualbooks.  O poeta salitrense tem contos e poemas publicados em mais de 20 antologias. Além desses, ele tornou-se blogger (blogueiro) e desde 2011 alimenta o blog manoelnetopoeta.blogspot.com no qual presenteia seus leitores com poemas e crônicas.
As crônicas, sem dúvida, são seu destaque enquanto escritor. As seções de crônicas do lar e da escola das crianças nos apresenta situações vividas e/ou observadas no cotidiano escolar enquanto professor. Crônicas como “A salvação da escola” em que o professor cronista ressalta que acredita que “as crianças é que são a salvação da escola”, e que “nada na escola se equipara à personalidade dos principais atores, as crianças, que alegram e confortam. Lidar com os pequeninos é o mais interessante; ter o privilégio de todos os dias os ver adentrar pelo portão da escola, depois de terem saído às pressas do ônibus escolar ou dos paus-de-arara, dá-me uma sensação de prazer e ânimo.”
Na crônica “A caminho da escola” o cronista debruça-se sobre o computador para registrar a algazarra provocada pelas crianças e os fatos que ocorrem nessa trajetória, quando “o ônibus fura o pneu, ou as vacas tomam a estrada, ou aparecem cãezinhos abandonados numa curva.” Ou até mesmo, quando o motorista esquece de parar o automóvel escolar para alunos descerem, como aconteceu com Iasmin que deveria descer no campinho de futebol, obrigando um garoto a pedalar e gritar atrás do ônibus pedindo para o motorista pará-lo.
Outra seção do blog do professor, aborda o cotidiano onde ele vive. Trata-se das crônicas da vida do povo de Salitre, que apresenta-nos humoristicamente relatos da vida dos habitantes da pacata cidade. Nessa seção, os relatos são sobre o programa de rádio apresentado pelo padre recém-chegado à cidade; a festa da chegada do ano novo; os meninos que jogam bola na rua onde o cronista mora; o enterro de um cachorro; o uso de baladeiras pelos meninos; lembranças da casa da avó; as cacimbas onde pegam água para as utilidades do lar; as mulheres nos aviamentos a raspar mandioca; homenagem a sua cidade no aniversário da mesma, destacando trechos do hino municipal; o resgate da história do povo em “Maria da terra do boi” e outras.
Há também a seção para os poemas de domingo. Nessa, o cronista cede espaço ao poeta para registrar os sentimentos através de poemas registrados no dia do sol, com temáticas e estruturas diversificadas, desde sonetos a poemas de versos livres e brancos.
Faço um convite ao leitor que consulte o blog do poeta e cronista salitrense e enriqueça-se com histórias de nossa gente. Pois, o cronista enquanto delator de casos poucos observados, registra com a maestria fatos do cotidiano que são desapercebidos pelos habitantes comuns, digo comuns, porque a óptica utilizada pelo escritor é incomum, singular e ímpar.
Acesse o blog: manoelnetopoeta.blogspot.com
E ótima leitura...
           

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