Abro um
livro para leitura e encontro duas fotos de P... Ela foi a garota com quem vivi
momentos inesquecíveis na adolescência. Ao observar as fotos que me dera
naquela visita inesperada na noite junina, relembro momentos de sublime ternura
e carinho que compartilhamos esquecidos do tic-tac
do relógio costumeiro, inimigo do amor.
Olhando a fotografia 01, leio a dedicatória que escrevera no verso: “No baile da vida, desejo que a felicidade
seja sempre seu par”. Observo o sorriso encantador e lembro que fora minha
felicidade ao longo de 18 meses. Relembro as idas e vindas de cartas que
aguardávamos ansiosamente... cartas que me escrevera e ilustrara com corações,
representantes de um amor inocente, sem ciúmes ou chantagens emocionais... os
passeios na Cyclone... as crenças na influência astrológica sobre nosso amor...
os planos arquitetados de ternura e carinho para futuro compartilhado...
Observo seu
vestido vermelho na fotografia 02, e lembro do nosso primeiro encontro naquela
noite festiva quando decidira ser “meu par”. Abraçados caminhamos sentindo o
frio contra nossas faces enamoradas que foram se aquecendo no calor emanado do
amor que brotara nos corações imaturos. A cada passo que aproximara o fim do
momento, desejara caminhar em retorno para prolongar aquele momento. Recordo
também outro encontro quando me dera as fotos, mas que se tornara nosso último
encontro de carinho compartilhado... pois, o tempo inimigo do amor, mas que
cura as feridas deixadas, nos afastou...
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