RESENHA
O romance “Menino de Engenho” do escritor paraibano José Lins do Rego foi publicado em 1932 e fez enorme sucesso de venda e de crítica. O livro conta a história da infância de Carlinhos no engenho de seu avô na Paraíba.
Aos quatro anos, Carlinhos presencia seu pai assassinando sua mãe. Em seguida, seu Tio Juca vai buscá-lo para ir morar com seu avô materno no engenho Santa Rosa. Chegando lá, ao ter contato com o campo, fica encantado. Logo que chega, recebe cuidados carinhosos de sua tia Maria. Depois, vai conhecendo o ambiente e seus familiares.
No engenho, ele encanta-se com os costumes e tradições: chegada de cangaceiros, contadoras de histórias, secas e enchentes, o caráter e a bondade de seu avô José Paulino, a companhia dos escravos... Apaixona-se por Maria Clara, sua prima, quando ela passa as férias no engenho. Ao terminar as férias, ela volta para cidade e Carlinhos fica muito triste. Aos 12 anos namora a negra Zefa e pega uma “doença de homem”. Ao descobrirem, começam a tratá-lo como um menino libertino e perdido. Logo, seu avô o envia ao internato.
O livro retrata de forma genial o cenário de respeito e servidão, pós fim da escravidão, em que as relações de afetividade, sexualidade das negras, as secas e as enchentes são retratadas com a pureza e verossimilhança de um menino.
MORAIS, José Roberto. Fantástico Mundo da Leitura. Pará de Minas, MG: VirtualBooks Editora, 2022. (p.56)
Nenhum comentário:
Postar um comentário