segunda-feira, 3 de março de 2025

AMÉLIA BELIVÁQUA: ÁS NA LITERATURA

LITERATURA BRASILEIRA 


 

Nasce Amélia Beliváqua

Em solo piauiense

E como um rio deságua

Na capital maranhense.

Mil oitocentos e sessenta

Veio ao mundo muito atenta

Lá na fazenda Formosa;

Jerumenha, a cidade

Berço na sociedade

Pra história gloriosa.

 

Seu pai, desembargador

Enviou-lhe a São Luís

Como seu progenitor

Magno futuro lhe quis.

Ao chegar à capital

Colaborou no jornal

Da escola, publicando;

Em prosas e poesias

Denunciava em seus dias

E normas foi derrubando.

 

Pra Recife se mudou

Escrevendo pra Revista

Redatora se tornou

Conhecida jornalista.

Tornou-se a pioneira

Pra Academia Brasileira

De Letras, candidatou-se;

Foi causar agitação

Não havia permissão

O imortal justificou-se.

 

Seu nome reconhecido

No universo literário

Influente, seu marido

Apoiando no cenário.

Tornou-se magna escritora

Numa importante editora

Suas obras, publicou;

Ocorre a superação

Literária projeção

Mais mulheres, inspirou.

 

Escreveu as “Impressões”

“Angústia” e “Açucena”

Fez suas “Divagações”

“Através da Vida” em cena.

Obteve seu estrelato

Uma “Flor no Orfanato”

Com “Alma Universal”;

“Alcyone” e “Aspectos”

São seus destaques diletos

Pra crítica nacional.

 

“Literatura e Direito”

Enfrentando estereótipos

Pra vencer o preconceito

E mensuráveis fenótipos.

Contra a invisibilidade

Demonstrou ser na verdade

Um talento perspicaz;

Rompendo cada barreira

Escritora brasileira

Na literatura um ás.

 


MORAIS, José Roberto. Amélia Biliváqua: ás na literatura. In Revista Sarau. vol 5. nº 13. março/abril, 2025. (p. 35-36) ISSN 2965 6192

Nenhum comentário:

Postar um comentário