Passando pra convocar
Espaço literário para publicação de artigos de opinião, crônicas, poemas e resenhas.
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
CONVOCAÇÃO PARA O SPAECE
quinta-feira, 20 de novembro de 2025
ZUMBI DOS PALMARES: LÍDER DA RESISTÊNCIA
HISTÓRIA AFROBRASILEIRA
Grande Zumbi dos Palmares
Um líder da resistência
Do quilombo para o mundo
Um símbolo da consciência
Pertinho do São Francisco
Fez a sua residência.
Neto da preta Aqualtune
Que tinha sangue real
Sobrinho de Ganga Zumba
No percurso natural
Na região de Alagoas
Do Brasil colonial.
E recebeu esse nome
Para sensibilizar
O místico deus da guerra
Que estava a se agitar
Depois foi o escolhido
Pra seu povo liderar.
Na época colonial
Os escravos que fugiram
Dos engenhos de açúcar
Na região se uniram
E na Serra da Barriga
Um quilombo, construíram.
Pernambuco se encontrava
Sob domínio holandês
A guerra se intensificou
Com bastante rigidez
Expedições espalhadas
Contra as fugas cada vez.
Pra destruir o quilombo
Algumas expedições
Que foram organizadas
Pra manter as invasões
Sem sucesso, desistiram
Fraquejaram nas ações.
Zumbi dentro do quilombo
Crescia livre e contente
As histórias tão sofríveis
Desse povo resistente
Só conhecia os relatos
Contados por sua gente.
Casou com negra Dandara
A guerreira destemida
A mesma gerou três filhos
Para alegrar sua vida
Viviam nesse refúgio
Com a família querida.
Palmares logo tornou-se
Um centro de resistência
Ao sistema escravocrata
Que seguia sem prudência
Pois fazendeiros temiam
Entrarem em decadência.
Surgiram expedições
Pra o quilombo destruir
A extensão dos Palmares
Nos combates a seguir
Logo foram reveladas
Pois tentavam resistir.
Zumbi tornou-se seu líder
Pois Ganga Zumba morreu
Enfrentou várias batalhas
Bons apoios, recebeu
Após outras invasões
Resistente faleceu.
Bravo Zumbi dos Palmares
O líder foi capturado
Resistiu até a morte
Traído e decapitado
Teve a cabeça exposta
Mas deixou o seu legado.
No século dezessete
Esse fato consumado
Era 20 de novembro
Conforme está registrado
Dia da Consciência Negra
Na história é lembrado.
José Roberto Morais
St Tanquinho, Araripe
20 de novembro de 2025
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
CASTRO ALVES: O POETA CONDOREIRO
LITERATURA BRASILEIRA
Castro Alves que nasceu
Na vila de Curralinho
Na Bahia onde cresceu
Seguiu logo seu
caminho.
Seu pai foi um
professor
Era médico e doutor
De nome Antônio José;
Sua mãe Clélia Brasília
Mudou-se com a
família
Para a capital do
axé.
Pois seu pai foi
convidado
Lecionar na Medicina
No Ginásio
matriculado
Foi seguindo sua
sina.
Ao cumprir cada lição
Demonstrou ter
vocação
Precoce pra poesia;
A morte da genitora
Primeira educadora
Acabou sua alegria.
Seu pai casou
novamente
Mudou da terra baiana
Um destino diferente
Capital pernambucana.
Ingressou na
Faculdade
Ideais de liberdade
Ações abolicionistas;
Envolveu-se em
movimentos
Pelo fim dos
sofrimentos
Dos entes escravagistas.
Escreveu “a
primavera”
Versos sobre
escravidão
E debruçou-se devera
Sobre a causa em
questão.
Sua brilhante
oratória
Fez parte da
trajetória
Publicando no jornal;
Com “o navio
negreiro”
O poeta condoreiro
Destaque nacional.
No Teatro Santa Isabel
Uma atriz lhe
encantou
Esse bardo menestrel
Por ela se apaixonou.
Eugênia, sua paixão
Despertou-lhe a
emoção
Gerando um intenso
amor;
Voltaram para a Bahia
Um drama apresentaria
Em prosa, desse
escritor.
As “espumas
flutuantes”
Exalta amor sensual
Poemas apaixonantes
Sobre a beleza
carnal.
Do poeta condoreiro
“Os escravos”,
derradeiro
É seu livro
inacabado;
Pois o condor bateu
asa
Abandonou essa casa
Deixando imenso
legado.
MORAIS, José Roberto. Castro Alves: o poeta condoreiro. In Revista Sarau. Vol 5. nº 17. nov/dez 2025. ISSN 29656192