segunda-feira, 24 de novembro de 2025

CONVOCAÇÃO PARA O SPAECE

 Passando pra convocar

Esta galera animada
Das turmas de 9º ano
Nesta série avaliada
Amanhã tem SPAECE
No percurso da jornada.

Venha trazendo a caneta
E boa concentração
Para responder cada item
Com bastante atenção
Pra poder multiplicar
E fazer a divisão.

Subtraia o comodismo
E some o conhecimento
Interprete com destreza
Fazendo discernimento
Elimine os distratores
Utilize seu talento

Mostre seu potencial
Não perca a oportunidade
No cálculo e na leitura
Use a criatividade
Seja você um exemplo
Pra nossa sociedade.

José Roberto Morais
Professor 

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

ZUMBI DOS PALMARES: LÍDER DA RESISTÊNCIA

 HISTÓRIA AFROBRASILEIRA

 

Grande Zumbi dos Palmares

Um líder da resistência

Do quilombo para o mundo

Um símbolo da consciência

Pertinho do São Francisco

Fez a sua residência.

 

Neto da preta Aqualtune

Que tinha sangue real

Sobrinho de Ganga Zumba

No percurso natural

Na região de Alagoas

Do Brasil colonial.

 

E recebeu esse nome

Para sensibilizar

O místico deus da guerra

Que estava a se agitar

Depois foi o escolhido

Pra seu povo liderar.

 

Na época colonial

Os escravos que fugiram

Dos engenhos de açúcar

Na região se uniram

E na Serra da Barriga

Um quilombo, construíram.

 

Pernambuco se encontrava

Sob domínio holandês

A guerra se intensificou

Com bastante rigidez

Expedições espalhadas

Contra as fugas cada vez.

 

Pra destruir o quilombo

Algumas expedições

Que foram organizadas

Pra manter as invasões

Sem sucesso, desistiram

Fraquejaram nas ações.

 

Zumbi dentro do quilombo

Crescia livre e contente

As histórias tão sofríveis

Desse povo resistente

Só conhecia os relatos

Contados por sua gente.

 

Casou com negra Dandara

A guerreira destemida

A mesma gerou três filhos

Para alegrar sua vida

Viviam nesse refúgio

Com a família querida.

 

Palmares logo tornou-se

Um centro de resistência

Ao sistema escravocrata

Que seguia sem prudência

Pois fazendeiros temiam

Entrarem em decadência.

 

Surgiram expedições

Pra o quilombo destruir

A extensão dos Palmares

Nos combates a seguir

Logo foram reveladas

Pois tentavam resistir.

 

Zumbi tornou-se seu líder

Pois Ganga Zumba morreu

Enfrentou várias batalhas

Bons apoios, recebeu

Após outras invasões

Resistente faleceu.

 

Bravo Zumbi dos Palmares

O líder foi capturado

Resistiu até a morte

Traído e decapitado

Teve a cabeça exposta

Mas deixou o seu legado.

 

No século dezessete

Esse fato consumado

Era 20 de novembro

Conforme está registrado

Dia da Consciência Negra

Na história é lembrado.


José Roberto Morais

St Tanquinho, Araripe

20 de novembro de 2025

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

CASTRO ALVES: O POETA CONDOREIRO

LITERATURA BRASILEIRA 


Castro Alves que nasceu

Na vila de Curralinho

Na Bahia onde cresceu

Seguiu logo seu caminho.

Seu pai foi um professor

Era médico e doutor

De nome Antônio José;

Sua mãe Clélia Brasília

Mudou-se com a família

Para a capital do axé.

 

Pois seu pai foi convidado

Lecionar na Medicina

No Ginásio matriculado

Foi seguindo sua sina.

Ao cumprir cada lição

Demonstrou ter vocação

Precoce pra poesia;

A morte da genitora

Primeira educadora

Acabou sua alegria.

 

Seu pai casou novamente

Mudou da terra baiana

Um destino diferente

Capital pernambucana.

Ingressou na Faculdade

Ideais de liberdade

Ações abolicionistas;

Envolveu-se em movimentos

Pelo fim dos sofrimentos

Dos entes escravagistas.

 

Escreveu “a primavera”

Versos sobre escravidão

E debruçou-se devera

Sobre a causa em questão.

Sua brilhante oratória

Fez parte da trajetória

Publicando no jornal;

Com “o navio negreiro”

O poeta condoreiro

Destaque nacional.

 

No Teatro Santa Isabel

Uma atriz lhe encantou

Esse bardo menestrel

Por ela se apaixonou.

Eugênia, sua paixão

Despertou-lhe a emoção

Gerando um intenso amor;

Voltaram para a Bahia

Um drama apresentaria

Em prosa, desse escritor.

 

As “espumas flutuantes”

Exalta amor sensual

Poemas apaixonantes

Sobre a beleza carnal.

Do poeta condoreiro

“Os escravos”, derradeiro

É seu livro inacabado;

Pois o condor bateu asa

Abandonou essa casa

Deixando imenso legado.



MORAIS, José Roberto. Castro Alves: o poeta condoreiro. In Revista Sarau. Vol 5. nº 17. nov/dez 2025. ISSN 29656192