segunda-feira, 3 de novembro de 2025

CASTRO ALVES: O POETA CONDOREIRO

LITERATURA BRASILEIRA 


Castro Alves que nasceu

Na vila de Curralinho

Na Bahia onde cresceu

Seguiu logo seu caminho.

Seu pai foi um professor

Era médico e doutor

De nome Antônio José;

Sua mãe Clélia Brasília

Mudou-se com a família

Para a capital do axé.

 

Pois seu pai foi convidado

Lecionar na Medicina

No Ginásio matriculado

Foi seguindo sua sina.

Ao cumprir cada lição

Demonstrou ter vocação

Precoce pra poesia;

A morte da genitora

Primeira educadora

Acabou sua alegria.

 

Seu pai casou novamente

Mudou da terra baiana

Um destino diferente

Capital pernambucana.

Ingressou na Faculdade

Ideais de liberdade

Ações abolicionistas;

Envolveu-se em movimentos

Pelo fim dos sofrimentos

Dos entes escravagistas.

 

Escreveu “a primavera”

Versos sobre escravidão

E debruçou-se devera

Sobre a causa em questão.

Sua brilhante oratória

Fez parte da trajetória

Publicando no jornal;

Com “o navio negreiro”

O poeta condoreiro

Destaque nacional.

 

No Teatro Santa Isabel

Uma atriz lhe encantou

Esse bardo menestrel

Por ela se apaixonou.

Eugênia, sua paixão

Despertou-lhe a emoção

Gerando um intenso amor;

Voltaram para a Bahia

Um drama apresentaria

Em prosa, desse escritor.

 

As “espumas flutuantes”

Exalta amor sensual

Poemas apaixonantes

Sobre a beleza carnal.

Do poeta condoreiro

“Os escravos”, derradeiro

É seu livro inacabado;

Pois o condor bateu asa

Abandonou essa casa

Deixando imenso legado.



MORAIS, José Roberto. Castro Alves: o poeta condoreiro. In Revista Sarau. Vol 5. nº 17. nov/dez 2025. ISSN 29656192


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