quinta-feira, 2 de março de 2017

REDES SOCIAIS: MUITA INFORMAÇÃO, POUCO CONHECIMENTO


Atualmente a informação é veiculada rapidamente através das redes sociais. What’s app e facebook superaram o rádio e a televisão como veiculo de informação. Porém, permitem a circulação de muitas informações inverídicas, corriqueiras, insignificantes que jamais serão transformadas em conhecimento.
Há pessoas que costumam ocupar boa parte do dia conectado à internet através das redes sociais. Algumas ganham o sustento nisso: postam fotos, charges, calúnias, textos etc. Outras apenas curtem, compartilham e às vezes comentam aquilo que alguém postou.
As informações inverídicas são postadas frequentemente. Algumas sobre mortes de famosos que ainda vivem, outras sobre fatos que dificilmente ocorrerão etc. Pois, para pessoas que postam esse tipo de informação, a relevância não está no fato, mas na quantidade de seguidores que irão curtir, compartilhar e comentar. Já as informações corriqueiras que se repetem diariamente e os usuários curtem, compartilham e frequentemente comentam monossilabicamente. Tais informações sobre política, saúde pública, segurança, preconceito etc. Além dessas, há ainda as informações insignificantes, aquelas que não irão mudar nada, pois não dizem nada relevante. Um exemplo desse tipo de informação pode ser percebido em mensagens do tipo: #partiu para ..., #se sentindo confiante, feliz, esperançoso, triste etc...
Realmente as redes sociais vão de encontro ao conhecimento, pois elas atrapalham até os momentos únicos com amigos. Cito como exemplo quando você está debatendo com amigos um assunto significativo, como a cultura ou educação. Alguém cita Freire, outro comenta, um terceiro complementa e um quarto que está conectado às redes sociais apenas permite soar um aham. Pois está curtindo, compartilhando, às vezes comentando algo on line.
Eu fiquei surpreso outro dia durante uma gincana escolar, realizada pela área de Ciências Humanas. Nesse evento, descobri que muitos alunos, inclusive do 3º ano do Ensino Médio, desconhecem o mapa do Brasil, suas regiões, estados e capitais. Por outro lado, esses alunos são experts nas redes sociais.
A utilidade das redes sociais é explícita atualmente, porém não deve ser a única fonte consultada, pois elas apresentam muitas informações, mas você usuário deve aprender a selecionar aquelas que são relevantes e questioná-las, transformando-as em algum conhecimento. Além disso, as fontes de conhecimento mais relevantes continuam sendo, eu penso assim, os livros e jornais. Portanto, jamais trocarei uma hora de boa leitura por uma hora de acesso às “queridas” redes sociais que apresentam muita informação, mas pouquíssimo conhecimento.

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