Sou filho de agricultores da serra
Aprendi
plantar, cuidar e colher
Busquei água
no rio pra beber
Comi dos
vegetais da minha terra
Ao curral
trouxe bezerros pra ferra
Depois na
escola aprendi a leitura
Hoje meu hobby
é literatura
Tenho sempre
um bom livro ao meu lado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Plantei
mandioca, milho e feijão
Pra mãe fazer
canjica e tapioca
Um gostoso
bolo de mandioca
Pra enriquecer
nossa alimentação
Eu fiz também
colheita do algodão
Plantei cana
pra fazer rapadura
E depois da
safra está bem segura
A família
visitava o roçado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Peguei uma
espingarda pra caçar
Tirei mel, armei
as arapucas
Sofri muitas
picadas de mutucas
Quando ia pro
roçado trabalhar
Fui ao
barreiro e pude observar
Avoantes em
bandos nas alturas
Pousavam e
banhavam na frescura
Onde as águas
haviam se juntado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura
Eu vaquejei as
vacas pro curral
Para tirar o
leite de manhã
Encontrei nas
flores de mucunã
Uma imensa
beleza natural
Procurei
encontrar no matagal
A morada de
formiga e tanajura
Percebi que o
tatu fundo perfura
Esconde pra
não mais ser encontrado
Eu nasci no
sertão e fui criado
Ajudando meu
pai na agricultura.
(Araripe-CE,
13/08/2017)
Minha primeira produção composta por décimas decassílabas que registra minha história de vida enquanto filho de agricultores.
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