sábado, 22 de julho de 2023

AMBIENTE BUCÓLICO

 CRÔNICA

Os ambientes bucólicos foram as preferências dos poetas árcades para exaltar a natureza, cantar os amores entre pastores e musas, enaltecer a vida bucólica. Os poetas arcadistas estavam sempre em busca pelos valores da Natureza, fazia muitas referências a terra e ao mundo natural. Costumavam escrever sobre as belezas do campo, a tranquilidade que era proporcionada pela natureza e contemplavam a vida simples, o encontro com a natureza que purificam as almas com os ares leves do campo, desprezando a vida nos grandes centros urbanos. Sempre utilizando uma linguagem simples, sugerindo que se aproveite o momento.

O sítio Tanquinho também apresenta seus ambientes bucólicos, um contato com a natureza, o canto dos pássaros poetas da natureza e os refrãos da orquestra anfíbia que fez habitat nesse ecossistema sertanejo.

O açude público do Tanquinho é um desses ambientes bucólicos que inspiram os poetas. A presença constante de diversas espécies de aves aquáticas que nadam e mergulham nas águas cristalinas; as árvores que o rodeiam que servem de palcos onde os seresteiros do sertão cantam e encantam numa diversidade de sons, assobios...      

Entre as árvores que servem de palco aos seresteiros das florestas, destacam-se os juazeiros e as juremas, árvores típicas do sertão.

Ao lado da casa minha

Há um grande juazeiro

Um sabiá faz poleiro

Bem-te-vi, gola, rolinha

Até mesmo uma andorinha

Tem cantado seu refrão

É grande a animação

E diversos são os temas

Juazeiros e juremas

Árvores do meu sertão.

 

Quando começa chover

O galo campina canta

O seu canto nos encanta

Logo ao dia amanhecer

A chuva fará nascer

Nossa linda plantação

Depois de longo verão

As chuvas não são problemas

Juazeiros e juremas

Árvores do meu sertão.

 

O poeta, em momentos de sublime leveza e naturalidade, verseja sobre esses recursos naturais que embelezam o contato com a natureza, os ambientes bucólicos.


José Roberto Morais

Nenhum comentário:

Postar um comentário