CRÔNICA
Os ambientes
bucólicos foram as preferências dos poetas árcades para exaltar a natureza,
cantar os amores entre pastores e musas, enaltecer a vida bucólica. Os poetas arcadistas estavam sempre em
busca pelos valores da Natureza, fazia muitas referências a terra e ao mundo
natural. Costumavam escrever sobre as belezas do campo, a tranquilidade que era
proporcionada pela natureza e contemplavam a vida simples, o encontro com a
natureza que purificam as almas com os ares leves do campo, desprezando a vida
nos grandes centros urbanos. Sempre utilizando uma linguagem simples, sugerindo
que se aproveite o momento.
O sítio
Tanquinho também apresenta seus ambientes bucólicos, um contato com a natureza,
o canto dos pássaros poetas da natureza e os refrãos da orquestra anfíbia que
fez habitat nesse ecossistema sertanejo.
O açude
público do Tanquinho é um desses ambientes bucólicos que inspiram os poetas. A
presença constante de diversas espécies de aves aquáticas que nadam e mergulham
nas águas cristalinas; as árvores que o rodeiam que servem de palcos onde os
seresteiros do sertão cantam e encantam numa diversidade de sons,
assobios...
Entre as
árvores que servem de palco aos seresteiros das florestas, destacam-se os juazeiros
e as juremas, árvores típicas do sertão.
Ao
lado da casa minha
Há
um grande juazeiro
Um
sabiá faz poleiro
Bem-te-vi,
gola, rolinha
Até
mesmo uma andorinha
Tem
cantado seu refrão
É
grande a animação
E
diversos são os temas
Juazeiros
e juremas
Árvores
do meu sertão.
Quando
começa chover
O
galo campina canta
O
seu canto nos encanta
Logo
ao dia amanhecer
A
chuva fará nascer
Nossa
linda plantação
Depois
de longo verão
As
chuvas não são problemas
Juazeiros
e juremas
Árvores
do meu sertão.
O poeta, em
momentos de sublime leveza e naturalidade, verseja sobre esses recursos
naturais que embelezam o contato com a natureza, os ambientes bucólicos.
José Roberto Morais
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